28/04/2009


Amo-te

como o trigo dourado brilhando ao sol
onde mergulha a tristeza e a saudade
quando me acompanha a nostalgia
banhando-se nas lágrimas do meu lençol
divertindo-se numa derradeira orgia

amo-te
como os campos de feno louro, empalhado
onde “amar“ não é pecado
onde habita a alegria e a felicidade
por um beijo quente e açucarado

e as paisagens que em pensamento percorro
onde a vida passa com tanta suavidade
impulsionada pela leveza do ar
voando desaforada como uma criança incansável
por toda e quanta beleza a chamar
que se sente o repouso da eternidade
no toque da tua pele e do teu corpo, insaciável

amo-te
nas cores desvanecidas do sol nascente
na insistente púrpura do sol poente.

10.09.96

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