29/04/2009

A Harpa

Divinamente bela e majestosa,
subtil, sensual e calorosa,
ingénua e inocente,
o seu toque, suave e imponente,
vem de um tempo
que eu não sei qual é...
parece sonho de criança
que sonha, sonha e não se cansa.
Queria ser um anjo, um querubim,
chegar bem perto, ajoelhar,
fechar os olhos e tocar, tocar,
esse som delicioso
num gesto terno de embalar,
é uma verdadeira festa
e sempre a chamar por mim!...
São mãozinhas pequeninas,
tocam, tocam, sem ter fim,
em fios de ouro em marfim,
vestes brancas, muito finas,
entre nuvens de algodão
por toda a noite ao serão,
sempre a chamar por mim,
tocam, tocam, sem ter fim...

Natal/94 (Para os dois aninhos do Afonso)

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