29/04/2009

“Quand-il est mort le poète...”

(À memória de Irene Urbano)


Louca
cabelo encrespado
de louro amassado
vestida de trapos
sorriso esvaído
duas esmeraldas no rosto ferido
diamantes esquecidos num olhar perdido...
tão louca,
senhora da alegria
a dona da fantasia,
flor rebelde, tresmalhada,
da liberdade vazia,
sempre só na encruzilhada.
Ser “gente” ou ser vadia,
estrela da noite mais fria
viver... louca... tanto faz...
como é doce e breve a paz
da soberana harmonia.
Uma vida, uma sangria,
de alma nua, leve e rouca,
a Rainha da poesia

louca
tão eternamente louca...

Fev.94

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