30/04/2009


Gostaria de partilhar os meus poemas com os muitos que li ao longo de toda a minha vida e que amei. Mas eles são tantos, tantos, que seria impossível eleger os melhores de entre os melhores. E já que não é possível fazê-lo, limito-me a destacar o que ao mesmo tempo serve de apresentação de mim mesma. Não sei se é poesia, como não sei se os meus o são. São de certo “arte” e qualquer forma de arte é válida, por onde quer que ela passe, qualquer que seja a sua origem, nacionalidade, forma ou conteúdo. Sei que me emocionaram e me maravilharam pela subtileza da linguagem holográfica quase imperceptível, de toque tão indelével. Eles têm tudo o que é preciso para dar forma à vida: leveza, espaço, eternidade, amor, verdade.

Tudo isto, numa conjugação generosamente maliciosa, onde a pureza se decompõe e se perde em habilidosa ingenuidade, num espaço intemporal.


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Oh, I am lovely.
I know I am lovely.
But I am so soft and
so new. And the world
is so old and the
world is so hard,
and the sea is so
deep and so blue.
But soon the clock
ticks and soon I am
older, and what you
Are telling is true.
Oh, I am lovely.
I know I am lovely.
And all of my
loveliness soon is
for you.






She laughs and cries and teases and toys
and even thinks thoughts.
What can a man do but paint her and paint her
and paint her for ever?


Sam Haskins (Livro de fotografia - 4. The apprentice)
***



Havia uma jovem corajosa
Que viajava mais depressa do que a luz.
Um dia ela partiu
Pelo caminho destinado
E só regressou na noite anterior.




“Breve História do Tempo” (Stephen Hawking)



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