Devagar, devagarinho
Entre a noite e o alvorecer
na hora do entardecer
como um frágil passarinho
a vida voa baixinho.
Penas brancas n’água turva
repousa nos jardins nocturnos
esvoaça na monotonia
no silêncio da noite escura.
Na fantasia agoniada
duma pétala desenhada
por entre o rio e a margem
numa berma da folhagem.
Como uma onda de mar
entra na terra a cantar
Desfaz-se
Liquefaz-se
Devagar, devagarinho
Vem pertinho
A soluçar.
Mar/87
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